Publicada em 01/7/2025 às 9h30
Por Redação
A Sabesp está despejando esgoto sem tratamento diretamente no Rio Tietê, na Zona Norte, como forma de esvaziar a tubulação rompida na Marginal Tietê. O despejo acontece entre as pistas local e central da Marginal, no sentido Castelo Branco, em frente à Avenida Engenheiro Caetano Álvares. De acordo com o engenheiro Amauri Pollachi, que trabalhou por 30 anos na Sabesp, o volume despejado equivale a cerca de 216 milhões de litros por dia, o equivalente a 86 piscinas olímpicas.porte rompeu na Marginal Tietê, provocando o afundamento da pista em dois momentos.
O interceptor, com mais de três metros de diâmetro, carrega o esgoto de bairros da Zona Norte, como Vila Maria, Santana, Mandaqui, Tremembé, Freguesia do Ó e Brasilândia, e o leva até a estação de tratamento em Barueri.Com o colapso da estrutura, o fluxo foi interrompido. A solução adotada pela Sabesp foi bombear os dejetos até o Córrego Mandaqui, que deságua a poucos metros no Rio Tietê — sem nenhum tipo de tratamento.
“É esgoto puro, que está sendo retirado da tubulação que rompeu. E é uma quantidade enorme: algo equivalente a 86 piscinas olímpicas por dia. Dá para ver claramente uma mancha entrando no rio. Isso pode ser caracterizado como crime ambiental”, alerta Pollachi.
Procurada, a Sabesp confirmou que está direcionando o esgoto para outras estruturas como forma de esvaziar a tubulação danificada. A empresa esclarece que, para realizar o diagnóstico e reparo da rede subterrânea na Marginal Tietê, profissionais precisarão entrar na tubulação. Para que isso seja feito com total segurança, foi preciso direcionar o fluxo de esgoto para outras estruturas, a fim de esvaziar a tubulação naquele trecho. Essa é a única alternativa técnica viável para a execução das obras no local, afirmou a companhia.
