Publicado em 28/01/2022 às 11h20
por Redação/via G1
Uma clínica voltada ao atendimento de jovens com problemas psicológicos ou envolvimento com drogas virou alvo de reclamações por parte de vizinhos descontentes com o barulho no local. A unidade em questão é o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III localizado no bairro de Santana, na zona norte, em uma área residencial na Rua Almirante Noronha. Para resolver o impasse, o Ministério Público de São Paulo determinou à Secretaria Municipal da Saúde que a clínica mude de endereço após as inúmeras reclamações que foram encaminhadas à Promotoria de Direitos Humanos e Saúde Pública.
A situação chama a atenção, até porque há centros como esse espalhados por todas as regiões da cidade, inclusive na zona noroeste – por isso, vale a reflexão. Como garantir a continuidade do atendimento sem que a vizinhança seja prejudicada? Vale lembrar que o CAPS é a porta de entrada para o atendimento na área de Saúde Mental dentro da rede pública de saúde.
Confusão
O vaivém de pacientes e ambulâncias na clínica, que realiza mensalmente 450 atendimentos em média, 24 horas por dia, tem irritado os vizinhos desde a inauguração do CAPS, em 2020. Além disso, eles relatam que há muita gritaria e pacientes em fuga durante o tratamento. “Quando os pacientes fogem, eles sobem em cima das nossas casas e ficam de lá gritando e fazendo ameaças aos enfermeiros e todo mundo que passa no local. Os gritos acontecem a qualquer hora do dia e ninguém consegue dormir. É terrível conviver com isso 24 horas por dia”, declarou um morador que não quis se identificar.
Embora haja acordo em relação à mudança de endereço, a transferência ainda não aconteceu. A Secretaria de Saúde (SMS) encontra dificuldades em encontrar um local que seja adequado às necessidades dos pacientes. Outro imóvel, na região do Jaçanã, está passando por adequações de acessibilidade e do espaço físico para abrigar o novo CAPS.
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