Publicado às 11h20
Por Kathleen Angulo, socióloga
Você já viu uma vaga de carro que deixou de ser vaga porque a pessoa estacionou mal? Já viu, no transporte coletivo, aquele pessoal que fica distraído com o celular e não dá espaço para as outras pessoas se acomodarem ou saírem pela porta? Já presenciou atitudes de pessoas que, de modo algum, se preocuparam com o próximo?
Viver em sociedade demanda senso coletivo. Isso quer dizer que, por mais que cada um tenha vontades
e necessidades individuais, pensar no próximo permite uma melhor fluidez de nossa vida social. Infelizmente, temos perdido esse senso de coletividade ao longo do tempo, por diversos motivos. Instrumentos como celulares, fones de ouvido e transportes individuais acrescentam mais tijolos ao muro que divide o “eu” dos “outros”. A tendência é nos fecharmos em nossos próprios redutos, revestidos de individualismo e indiferença, esquecendo-nos de olhar um pouquinho para o lado.
Na dúvida, é sempre bom se perguntar: “se eu for com o carro um pouquinho mais para frente, será
que outra pessoa também vai conseguir estacionar?” ou “será que, se eu ficar no celular enquanto ando,
vou atrapalhar outra pessoa no caminho?”. Tudo isso pode parecer coisa pequena, mas, em uma escala
maior, a falta de senso coletivo é um dos motivos geradores da corrupção, por exemplo.
Entre parecer preocupada demais e dar de ombros, prefiro a primeira opção. Vai que a moda pega, e as pessoas consigam viver melhor.
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