Publicado em 15/07/2022 às 10h30
por Redação
A futura Linha 6-Laranja do Metrô esconde em seu subsolo vestígios de uma cidade em plena industrialização, entre os séculos 19 e 20. Os sítios arqueológicos recém-descobertos durante as escavações das estações Água Branca, Santa Marina, Freguesia, SESC Pompeia e São Joaquim, bem como nos terrenos dos VSEs (Poços de Ventilação e Saída de Emergência) Sara de Souza e Tietê, reúnem itens de alto valor histórico, como louças variadas, cerâmicas, vidros de remédios, restos fabris e até uma galeria subterrânea.

Até o momento, foram encontrados nove sítios arqueológicos nas obras da Linha 6, sendo um deles na antiga quadra da escola de samba Vai-Vai e os demais em bairros como Pompeia e Água Branca, na região da Lapa. A expectativa, inclusive, é que o número de artigos descobertos aumente conforme o avanço das escavações. As novidades confluem para um resgate da memória da cidade.
Vestígios da industrialização
No entorno das futuras estações Santa Marina e Pompeia, os itens encontrados são resquícios das antigas fábricas da região, como as famosas Fábrica de Louças Santa Catharina, a Companhia Vidraria Santa Marina e “Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo. Em outro ponto da Água Branca, as escavações recuperaram peças diversas, como tampas, pratos, panelas e tigelas, além de um poço ou cisterna. Já no terreno da Estação Sesc Pompeia foram encontrados 18.695 artigos arqueológicos, desde louças, vidros e cerâmicas até uma galeria subterrânea. No VSE Sara de Souza, por sua vez, outros 33 mil objetos foram descobertos.

Todos os itens encontrados nesses canteiros de obra estão sendo encaminhados à empresa “A Lasca”, que é a responsável pelo processo de curadoria do material. Após ser higienizado e catalogado, o acervo é repassado ao Centro de Arqueologia de São Paulo (Casp).

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