Publicado em 07/07/2022 às 10h20
por Redação
As arquitetas que foram as mais recentes vítimas do “sequestro do Pix” deram mais detalhes de como foi o episódio em que ficaram encarceradas durante oito horas no Jaraguá, em meio a um matagal. Como a FN já havia adiantado, a dupla foi sequestrada e extorquida por um falso cliente, que manteve contato com uma delas durante uma semana inteira até atraí-la para um falso encontro de negócios. As conversas ocorreram por telefone e via aplicativo de mensagens. Já o sequestro aconteceu no dia 7 de junho e foi relatado um mês depois nas redes sociais, cuja publicação acumula mais de dois milhões de visualizações.
Após serem abordadas pelos criminosos em uma rua movimentada do bairro, elas foram rendidas e levadas para um esconderijo, onde seriam mantidas reféns por oito horas. Enquanto estavam na mira de um revólver, os sequestradores movimentaram cerca de R$ 160 mil, entre saques, empréstimos e compras. Anne Novaes, de 52 anos, deu mais detalhes sobre o sequestro em entrevista à BBC News Brasil (confira a matéria na íntegra). “Nos jogaram para o banco de trás do meu carro e nos levaram para uma reserva. Um dos criminosos acompanhou a gente até dentro da mata. Nos ameaçavam o tempo todo.”
Segundo ela, os sequestradores vasculharam aplicativos e todas as suas informações pessoais, além de pedir todas as senhas possíveis. “Se eles me perguntassem uma senha e eu falasse que não me lembrava, eles davam uma coronhada na minha cabeça, não para machucar, mas intimidar”, conta. No meio disso tudo, os bandidos ainda ofereceram pão e refrigerante. Mas a tensão foi aumentando conforme o tempo passava.” Eles diziam que não queriam nos machucar. Só queriam o dinheiro. Mas como foi demorando, não tínhamos como acreditar que tudo terminaria bem.”
A quadrilha era formada por ao menos quatro pessoas. O caso está sendo investigado pelo 46º Distrito Policial de Perus.
Adicione Comentário