Publicado às 12h10
G1 São Paulo
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), interditou cozinha e leitos do Centro Temporário de Acolhimento (CTA) Brigadeiro Galvão, por más condições de higiene, nesta sexta-feira (29).
Na cozinha foram verificados um cano estourado e falta de botas para os funcionários. Em 89 leitos foram encontrados percevejos. Além das interdições, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que não haverá pernoite nesta sexta, nem novos conviventes.
O secretário-adjunto da pasta, Marcelo Del Bosco, disse que vai pessoalmente nas próximas fiscalizações. “Fizemos vistorias técnicas, que são muito importantes para determinar que tipo de notificação enviaremos para quem estiver irregular. Estamos esperando o término do relatório”, explicou.
Na terça-feira (26), o secretário de Assistência Social, José Castro, pediu demissão após denúncias de problemas em contratos milionários da prefeitura com a ONG responsável por 7 dos 19 CTAs da capital.
Os CTAs foram criados em 2017 para atender os moradores de rua e oferecer um lugar para dormir, tomar banho e se alimentar.
No início deste ano, funcionários dos espaços relataram atrasos nos salários e registraram em vídeo percevejos nos colchões do CTA Brigadeiro Galvão, na Barra Funda, e alagamento no CTA Prates III, no Bom Retiro, embora tenham sido destinados R$ 23 milhões para que a Associação Cultural Nossa Senhora das Graças fizesse a gestão de ambas as unidades.
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