Publicado em 06/04/2022 às 10h25
por Redação/via G1
Abandono, alagamento e incêndio. Depois de tantas crises, finalmente a Cinemateca Brasileira, instituição responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira localizada na Vila Leopoldina, vai reabrir as portas.
A nova gestão, que assumiu o local em 2021, prepara a reestreia para o dia 13 de maio, após 18 meses fechada, e promete retomar a exibição de filmes de quinta a domingo na sala de cinema do espaço. A retomada das atividades coube à Sociedade Amigos da Cinemateca, encabeçada por Maria Dora Mourão, professora titular aposentada da ECA (Escola de Comunicações e Artes) da USP e a nova diretora da Cinemateca Brasileira.
“Poder fazer esse trabalho de reabertura é, realmente, algo muito especial. E passa também pela emoção. Eu sou ex-aluna de Cinema, me formei em Cinema na USP. E a cinemateca faz parte da minha formação. Porque, enfim, filmes que a gente assistia como aluno, como aluna, vinham daqui. Naquela época, não existia streaming, não existia VHS, não existia nada disto. Era filme mesmo, as latas que iam pra escola e a projeção”, conta.
Histórico de crises
Em fevereiro de 2020, o galpão da Vila Leopoldina ficou alagado e a enchente atingiu, além do próprio mobiliário do local, fotografias, livros e folhetos. Estima-se que nove mil rolos de filmes foram destruídos na ocasião, sem possibilidade de recuperação.
Ainda em 2020, a instituição foi fechada por ordem do governo federal e o Ministério Público entrou com ação contra a União por abandono da Cinemateca. Já em 2021, um incêndio atingiu o mesmo galpão da Vila Leopoldina. O fogo começou no ar-condicionado de uma sala que ficava no primeiro andar.
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