Publicado às 11h45
G1 São Paulo
Um guarda da Guarda Civil Metropolitana (GCM) baleou sua mulher, que também é GCM, e tentou se matar na sequência nesta segunda-feira (29), na Brasilândia, Zona Norte da capital. Os dois estão internados em estado grave. Em nota, a GCM diz que o caso será apurado pela Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana.
Em depoimento à Polícia Civil, a filha do casal de 16 anos informou que os pais não moravam juntos. Eles teriam brigado por ciúmes depois de o homem ter tentado acessar informações no telefone celular da mulher. Ele atirou no rosto dela e depois atirou conta sua própria cabeça.
A filha do casal foi atingida por estilhaços. Eles foram socorrido pelo Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela está no Pronto-Socorro da Santa Casa e ele no Pronto-Socorro Cachoeirinha.
Em nota, a GCM diz que o caso será apurado pela Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana. Veja a nota na íntegra:
“A Secretaria Municipal de Segurança Urbana e a Guarda Civil Metropolitana, lamentam o fato ocorrido na tarde desta segunda-feira (29), envolvendo o Guarda Civil Ademar Pereira da Silva e sua esposa. Neste primeiro momento, a preocupação principal é de que todos os esforços estejam sendo feitos para salvar as vidas envolvidas, e a família seja assistida. O caso será apurado pela Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana.”
O caso foi registrado como tentativa de feminicídio e tentativa de suicídio.
Os casos de feminicídio aumentaram 76% no 1º trimestre de 2019 em São Paulo se comparados ao mesmo período do ano anterior, de acordo com levantamento feito pelo G1 e pela GloboNews. Nos primeiros três meses do ano, 37 mulheres foram vítimas de feminicídio. Em 2018, foram 21.
Oito em cada dez casos de feminicídio deste ano ocorreram dentro de casa e 26 dos 37 casos tinham autoria conhecida, como maridos e ex-namorados. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, “todos os casos registrados no período tiveram a autoria identificada e 19 criminosos já foram presos”. Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgada em fevereiro mostra que só 10% das mulheres que foram vítimas de alguma agressão procuraram a delegacia.
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