Publicado às 9h50
G1 São Paulo
Um homem afirma ter sido agredido por seguranças da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na estação Luz, no Centro de São Paulo, na manhã de sábado (25).
Nivaldo da Silva, de 29 anos, disse que por volta das 6h estava fazendo baldeação entre as linhas 11-Coral e 7-Rubi, com destino a Jundiaí, onde trabalha como vendedor ambulante, quando entrou em uma plataforma da Linha 7-Rubi que estava bloqueada para passageiros. Segundo ele, o acesso estava fechado por grades, mas ele não entendeu o motivo, e acessou a área junto com sua esposa e seu irmão.
Quando viu os passageiros ingressando na área, um segurança da CPTM informou que não era permitida a entrada no local. Nesse momento, começou uma discussão entre o segurança e os passageiros, que argumentaram que não tinha nenhum aviso de que a área não poderia ser acessada.
Durante a confusão, o ambulante diz que foi xingado e empurrado pelos seguranças e que um deles o agrediu com um golpe de cassetete na cabeça.
“Eles [seguranças] começaram a empurrar, eu pedi para eles, duas vezes, para não empurrar, que estávamos descendo. No que chegamos no final da escada, ele me empurrou novamente. Foi nessa hora que eu empurrei ele. E aí eles pegaram e já sacaram o cassetete, desferiu um golpe em mim”, relatou Nivaldo.
A esposa do ambulante, a vendedora Amanda Ribeiro dos Santos gravou a confusão. “Quando eu vi que ele estava sangrando, eu entrei em desespero e continuei filmando. Só pararam de bater quando chegou um [segurança], que eu acho que era chefe deles. Até que ele falou ‘ninguém mais vai te bater’”, afirmou.
Nesse momento, um supervisor, que acompanhava a confusão através de câmeras de segurança, apareceu, acalmou Nivaldo e o levou para o Pronto-Socorro Santa Casa, onde ele recebeu seis pontos na cabeça e três sobrancelha. O caso foi registrado na 6ª Delegacia de Polícia – Metropolitano (Delpom).
Em nota, a CPTM informou que repudia qualquer tipo de agressão e que os agentes envolvidos no caso foram afastados. Disse ainda, que a ocorrência foi registrada na Delpom e que também será apurada internamente.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que investiga o caso como lesão corporal, injúria e ameaça.
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