Publicado em 17/01, às 12h40
Por Priscila Perez
Perigosos, os vãos entre as plataformas e os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitano) sempre foram motivo de preocupação para seus passageiros. Na Estação Vila Clarice, por exemplo, a reclamação é recorrente. “É um precipício”, crava um dos usuários da Linha 7-Rubi no Twitter.
O risco de acidentes ganhou novamente os holofotes após um passageiro da Estação Barra Funda, na Linha 8-Diamante, morrer atropelado ao cair no vão entre a plataforma e o trem, que ainda estava de portas fechadas. A princípio, a CPTM informou que o homem, de 46 anos, teve mal súbito, mas testemunhas afirmam que ele teria se desequilibrado devido a uma manobra da composição, que se deslocou para ajustar a posição.
Segundo os passageiros que acompanharam o caso, ocorrido na última quarta-feira, Denilson Lima dos Santos havia pisado no estribo, junto ao trem, para ser o primeiro a entrar no vagão. Porém, desequilibrou-se e caiu nos trilhos, sendo atropelado pela composição. No dia seguinte, 16 de janeiro, a Companhia admitiu que o trem se deslocou por alguns metros, ainda de portas fechadas, após chegar à plataforma.
O caso foi registrado como morte suspeita pela Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom) e será investigado. “Em análise mais detida das imagens da plataforma pela Gerência Operacional de Segurança da CPTM, denota-se que o trem parou na plataforma e permaneceu parado com as portas fechadas por alguns instantes, deslocando-se em seguida por alguns metros em ajuste de posição na plataforma. Durante este percurso, uma pessoa aparece em movimento em cima do estribo, sempre com a composição de portas fechadas. Assim, a CPTM está apurando as condições em que o acidente realmente ocorreu”, disse em nota.
Segurança no dia a dia
Com a pressa diária, o usuário muitas vezes ignora as regras de segurança previstas para o embarque nas composições. Aguardar o trem nas plataformas sem ultrapassar a faixa amarela é uma delas.
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