Publicado às 11h25
Por Cristina Braga
Morador da Vila Ipojuca há 17 anos, o novo subprefeito da Lapa, Leonardo Casal Santos, 45 anos, conhece o território onde pisa. Já esteve no órgão como assessor de comunicação entre 2010 e 2012, na gestão de Carlos Eduardo Batista Fernandes, e agora o sucede no comando da regional. Casal já tem em sua lista as prioridades
do bairro. Sobre as ameaças que vêm do céu, como chuvas e alagamentos, embora a Defesa Civil não esteja mais sob a coordenação da Sub Lapa, ele salienta que pretende rever o projeto dos pluviômetros com a ajuda da população e aperfeiçoar o sistema ensaiado na gestão passada, em conjunto com uma startup.
Córrego
O novo subprefeito também quer retomar o projeto “Rio Limpo”, da Sabesp, no córrego da Comunidade Água Branca, que deverá receber duas novas iniciativas: uma horta urbana, cultivada em telhas suspensas; e na margem esquerda, aproveitando o plantio de árvores, um ParCão e academia para a terceira idade. As novidades poderão ser utilizadas pela comunidade e pelos moradores do entorno, sendo custeadas
por emendas parlamentares.
Queda de árvores
Mesmo apresentando frequentes quedas de árvores no verão passado, o bairro não conta mais com a atuação da Defesa Civil. “Só consigo agir no rescaldo e não mais na emergência, uma perda de qualidade na prestação
de serviço ao cidadão”, analisa. Casal também ressalta a importância da continuidade do trabalho de mapeamento das árvores, mas, quanto às podas, “ainda é preciso realizar uma interface com a concessionária de energia elétrica, de uma forma sistêmica, em toda a cidade”. “Só posso fazer a poda baixa, distante do fio”, completa. Outro objetivo do subprefeito é trazer os conselhos de praça para a região. “É uma forma de pertencimento, pois o espaço público é de todos”, salienta.
Ceagesp
Sobre a Ceagesp, ele é enfático: “precisamos discutir se cabe ao entreposto permanecer no local”. Observando ainda a questão social, sobretudo quanto à presença de moradores de rua no distrito, Leonardo afirma que “sente falta de um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) na região”. “Ajudaria muito ter este equipamento na Lapa para lidar com a população vulnerável. É mais a especialidade deles”, aponta.
Lapa de Baixo e Ponte
Quanto ao CTA (Centro Temporário de Acolhimento) da Lapa de Baixo, ele também acredita que o espaço possa oferecer ao cidadão um vínculo real com o serviço público, sem qualquer tipo de desconfiança. “O CTA deve ser permanente; não basta ficar apenas seis meses”, ressalta. Segundo o subprefeito, a ponte que ligará Pirituba ao bairro da Lapa, incluída na Operação Urbana Consorciada Água Branca (OUCAB), é necessária e importante,
mas com a devida alça caindo para a Marginal do Tietê. “A população de Pirituba deveria olhar com mais carinho para a questão da alça, já que a Vila Anastácio não comportará o fluxo de veículos caso ela não esteja contemplada no projeto”, reflete Leonardo Casal. O orçamento inicial da Subprefeitura Lapa é de R$ 40.621,386,00.
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