Publicado às 11h55
Priscila Perez com informações do G1
Um plano urbanístico alavancado pela iniciativa privada quer mexer bem no miolo do bairro da Vila Leopoldina, onde há muitos condomínios fechados.
Os vizinhos da Ceagesp já estão preocupados com as novidades lançadas pelo PIU Leopoldina, que prevê, entre outras coisas, a implantação de moradias populares (Habitações de Interesse Social) em troca do direito de construir prédios com mais andares na região. Mas, afinal, o que a vizinhança acha disso?
Para as comunidades existentes no bairro, a iniciativa significa uma chance real de obter moradia digna. Já para os condomínios de luxo, a proximidade com as moradias populares parece incomodar.
Tanto é verdade que alguns moradores da região já estão pressionando a Prefeitura para tentar impedir a realização do projeto no bairro.
Abaixo-assinado
Um abaixo-assinado está circulando na internet com o objetivo de mobilizar a comunidade em “defesa do bairro”. Até o momento, a petição acumula duas mil assinaturas.
No último mês, quando o projeto passou por consulta pública, a Associação Viva Leopoldina distribuiu orientações aos moradores sobre a postagem no site, argumentando que “querem empurrar os moradores das favelas para o meio do bairro, a 900 metros de onde estão atualmente, formando uma mega-favela vertical”.
E por que incomoda tanto? A polêmica gira em torno da possível desvalorização que o bairro sofreria com construção das Habitações de Interesse Social. Essas moradias seriam incompatíveis com a região, que concentra prédios de alto padrão e um IPTU médio de R$ 6 mil.
Luta por área verde na Leopoldina
Contra a proposta, 864 famílias que vivem no bairro formaram o grupo “Defenda Vila Leopoldina” para pressionar a Prefeitura a favor da construção de um parque público na Avenida Imperatriz Leopoldina. Contrataram, inclusive o escritório BMA Barbosa Mussnich Aragão para assessorá-los.
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