Publicado em 29/10, às 11h
Por Priscila Perez
Informações sobre o patrimônio arqueológico paulistano estão reunidas no site Geosampa, sistema de dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Por meio dele é possível verificar a localização e até mesmo a data em que os artefatos foram encontrados. “Esses dados são consultados por pesquisadores, estudantes universitários, jornalistas e qualquer pessoa que, a partir deles, consegue produzir e disseminar conhecimento sobre a cidade”, afirma Luciana Pascarelli, coordenadora de produção e análise da pasta.
Há 84 sítios arqueológicos distribuídos pela cidade, sendo muitos deles na região noroeste. Bairros como Lapa, Pirituba, Freguesia e Perus se destacam no radar municipal com diversos tipos de achados, além bens de interesse público e valor histórico.

Valor histórico
No Jaraguá, por exemplo, encontramos ruínas de mineração de ouro, o Jaraguá Clube Campestre e o Casarão Afonso Sardinha, duas edificações históricas da região. Em Perus, temos a Fábrica de Cimento e o Casarão da Fazendinha, edificação remanescente do final do século XIX que também faz parte da história da antiga fábrica Portland Perus.

Na Lapa, por exemplo, há o sítio arqueológico Petybon, onde funcionava a Fábrica de Louças Santa Catharina (1913-1939), a primeira do Brasil. No local, foram encontradas quase 30 mil peças de louças durante as escavações realizadas em 2003. “O sítio tem extrema relevância não apenas no contexto da arqueologia urbana no Brasil, como também por ser exemplar dos primórdios da industrialização do país e da história da produção da louça nacional”, salienta o arqueólogo Rafael de Abreu e Souza, que participou da escavação na época. Já na região da Freguesia do Ó/Brasilândia, a ferramenta lista locais importantíssimos como o sítio arqueológico Jardim Vista Alegre, com estruturas remanescentes do sistema de distribuição de água da Companhia Cantareira (sec. XX), e o sítio pré-colonial cerâmico Jardim Princesa.
Trata-se de um verdadeiro passeio pela história. Os locais aqui citados são apenas um aperitivo de todas as riquezas que a região noroeste abriga. Quer conhecer mais? Então, bora vasculhar o site Geosampa.
Como acesso os dados?
No site Geosampa, ative a camada “Patrimônio cultural”, selecione “Bens arqueológicos” e escolha as opções “Sítio arqueológico”, “Ocorrência arqueológica”, “Bem de interesse arqueológico” e “Área de interesse Arqueológico”.

Adicione Comentário