Publicado em 07/07/2020, às 13h30
Por Redação (Extra-Globo)
Nesta segunda-feira, o governo de São Paulo anunciou que os testes da vacina contra o novo coronavírus que o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac estão desenvolvendo vão começar no dia 20 de julho em cinco estados. Mas essa não é a única vacina que está sendo estudada no Brasil. Também está sendo testada no país — em São Paulo e no Rio — uma outra desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a mais avançada até o momento.
No fim de junho, a OMS afirmou que a vacina ChAdOx1 nCoV-19, produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa AstraZeneca Brasil Ltda, é a “mais avançada” do mundo” em termos de desenvolvimento” e lidera a corrida por um imunizante contra a Covid-19. A fórmula está sendo testada no Brasil e na África do Sul após testes bem sucedidos no Reino Unido.
O Ministério da Saúde já afirmou que vai apoiar a iniciativa com dois mil voluntários soronegativos, que não entraram em contato com a doença. Em São Paulo, os estudos estão sendo liderados pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A infraestrutura médica e de equipamentos é financiada pela Fundação Lemann. Os primeiros mil voluntários estão sendo recrutados pela Unifesp, e outras mil pessoas farão parte do teste no Rio de Janeiro.
Parceria entre São Paulo e China
Ao todo, nove mil profissionais de saúde poderão ser voluntários no estudo sobre a vacina contra o novo coronavírus que o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac estão desenvolvendo juntos. Os testes vão acontecer em cinco estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, além de São Paulo.
— No mundo, são 136 vacinas sendo testadas, 12 delas em estudos clínicos. Dessas, três estão na fase 3, a mais avançada. Uma dessas é a que o Butantan fez esse acordo e é uma das que têm grande chance de chegar ao público — afirmou Covas.
Na fase 2, realizada com mil voluntários na China, foi observada a eficiência da vacina em mais de 90% dos participantes do estudo.
Para participar do estudo, a pessoa terá que estar trabalhando no atendimento de pacientes com Covid, não ter sido infectada pela doença, não participar de outros estudos de vacinas, não estar grávida ou planejar engravidar, não ter doenças instáveis ou que afetam o sistema imunológico e não ter outras alterações que impeçam os procedimentos, como alterações mentais ou distúrbios de coagulação.
Segundo Covas, o governo já reservou 60 milhões de doses da vacinas caso sua eficácia seja comprovada pelos estudos. As doses serão entregues ao Ministério da Saúde, que determinará como será sua distribuição.
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