Publicado em 10/01/2022 às 10h10
via G1
O governo de São Paulo descumpriu uma decisão judicial de novembro de 2021 que determinou, sob pena de sequestro de R$ 100 mil, a imediata realização de uma cirurgia para correção de um procedimento feito na perna de uma idosa de 81 anos há dois anos, no Hospital Geral Vila Penteado, localizado na região da Freguesia do Ó, após ter ocorrido a quebra de placas colocadas no joelho da paciente.
A família da aposentada Coralia Silveira Amaral alega que, devido ao rompimento das placas, a idosa está com o corpo inchado e sente muitas dores. Em 2021, durante a pandemia, começaram a aparecer bolhas de sangue pelo corpo dela. “Minha mãe está com a perna quebrada há mais de dois anos. O hospital fez a cirurgia malfeita, os parafusos colocados quebraram e agora eles ficam enrolando e não faz a cirurgia para consertar o serviço”, explica Gilson, filho de Coralia.
Governo se posiciona
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde negou atraso no procedimento, disse que está prestando apoio à paciente e que ela tem exames médicos pré-operatórios marcados para janeiro. No processo judicial, os parentes juntaram documentos e pareceres de médicos e dermatologistas afirmando que os danos são decorrentes das placas colocadas e que se romperam pelo corpo.
Após a decisão judicial que determinou a imediata realização da cirurgia no hospital da região, onde o primeiro procedimento foi realizado, o Governo de São Paulo afirmou no processo que a busca da paciente pelo procedimento pelas vias judiciais não se justificava, pois ela já estava sendo atendida no próprio hospital, e que estava com exames pré-operatórios. Para o governo, como não há falta de atuação estatal no caso, “não é lícito afirmar que o Poder Público tenha de alguma forma recusado a realização da cirurgia”.
Em nota, a secretaria informou que “o Hospital Geral de Vila Penteado tem prestado toda a assistência ao caso, que passou por consultas e exames na unidade em todo o ano de 2021, especialmente nos meses de novembro e dezembro”. “A paciente tem consulta agendada para janeiro na especialidade de cardiologia como requisito pré-operatório no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Maria Zélia para então dar seguimento ao seu tratamento. O Hospital segue à disposição dos familiares e da paciente”.
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