Publicado às 12h50
Em 21 de setembro, comemora-se o Dia Mundial de Conscientização do Alzheimer, e o mês inteiro é dedicado à sensibilização da população sobre os cuidados com o cérebro. Embora a doença ainda não tenha cura, é possível postergar o aparecimento dos sintomas com atividades que mantenham a mente ativa por toda a vida.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para um processo de envelhecimento saudável e com autonomia, as diretrizes são: preservação cognitiva, realização de atividades físicas e intelectuais regulares, dieta balanceada e sono de boa qualidade. Por isso, durante todo o mês, as 400 unidades do SUPERA estarão de portas abertas com aulas gratuitas sobre o tema.
A prática de exercícios para o cérebro ajuda a construir uma rede robusta de neurônios, postergando o aparecimento dos sintomas do Alzheimer. “Ao estimular o cérebro, o fluxo sanguíneo aumenta e há um crescimento na produção de proteínas da aprendizagem e da rede neural. Ocorre ainda o nascimento de novos neurônios, deixando o cérebro mais resistente às doenças neurológicas”, explica a pesquisadora e gerontóloga Thaís Bento Lima, que é consultora do SUPERA e docente do Curso de Graduação em Gerontologia da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo ela, a chamada “reserva cognitiva”, ou seja, a resiliência do cérebro em apresentar melhores condições de se proteger, tolerar ou lidar com as alterações cerebrais, é construída gradativamente. “Ela pode ser ‘maior ou menor’, dependendo das experiências de cada um. Quanto mais variadas e inovadoras, melhor.” Para a especialista, a ginástica cerebral é uma grande aliada nesse sentido, auxiliando inclusive no combate à depressão.
Os alunos da rede SUPERA são as maiores provas dos benefícios dessa atividade. Em 13 anos, mais de 130 mil pessoas já participaram do programa. “Eu sentia necessidade de exercitar o cérebro, até porque tenho caso de Alzheimer na família. Percebi melhoras na memória e nas tarefas do dia a dia, como lembrar onde guardei as coisas”, relata Maria Santana de Souza, de 71 anos, aluna do SUPERA Londrina (PR). Já Priscila Webber, de 36 anos, conta que a ginástica cerebral melhorou a sua autoestima. “Retenho com muito mais facilidade o que leio ou escuto e estou mais segura”, completa a aluna de Passo Fundo (RS).
No curso, os alunos participam de aulas semanais, com duração de duas horas. Eles interagem com jogos de tabuleiro coletivos e individuais, jogos online, dinâmicas, vídeos e neuróbicas (atividades aeróbicas para os neurônios). A metodologia foi desenvolvida por Antônio Carlos Perpétuo, presidente da rede, com o auxílio de pedagogos e neurocientistas, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais voltadas ao aprendizado, à carreira e vida pessoal. Para mais informações, acesse www.metodosupera.com.br.
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