Publicado às 9h15
Agência Estado
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), entregou neste domingo, 26, a 1ª etapa das obras de requalificação da Praça do Pôr do Sol, no Alto dos Pinheiros, na zona oeste da cidade. Em discurso, Covas fez críticas à política ambiental do governo federal.
No local, foram realizadas obras de recuperação das escadas (parte delas), colocação de corrimãos e sinalizações de acessibilidade. Também foram criados dois playgrounds e um espaço para animais de estimação. Os recursos investidos até o momento foram de R$ 350 mil – conseguidos via emenda parlamentar. A segunda etapa deve contemplar uma nova drenagem, mais brinquedos para as crianças e novas reformas nas escadarias da praça. Também foram plantadas árvores frutíferas da Mata Atlântica.
Em discurso, o prefeito fez críticas à postura do governo federal em relação ao meio ambiente e à ciência. “Enquanto o Brasil discute se aquecimento global é uma questão para cientistas discutirem, a cidade reafirma seu compromisso com a redução da emissão de gases de efeito estufa, a ampliação da cobertura vegetal e a reciclagem. Reafirma o compromisso ético com a preservação do meio ambiente, que é o compromisso ético com as futuras gerações”, disse. “Enquanto o governo federal discute se isso existe ou não, na cidade de São Paulo essa é uma preocupação verdadeira. Os governos não seguem essa orientação federal para essa questão tão preocupante que aflige a todos nós”, completou Covas.
A recuperação da praça foi uma demanda da Associação dos Amigos de Alto dos Pinheiros (SAAP). A presidente da associação, Marcia Kalvon Woods, contou que o espaço estava sofrendo com o acúmulo de lixo e a presença de ambulantes irregulares: “Eram organizados ‘rolezinhos’ aqui na praça. Tudo isso virava um lamaçal. Além disso, ambulantes vendiam bebidas alcoólicas para menores – isso sem falar no consumo de drogas e o perigo de furtos e assaltos.” Para Marcia, a questão não é a de regular o acesso às pessoas, mas trazer uma ocupação mais saudável e ordenada. “O mix de frequentadores é importante. É isso que faz a praça ser tão relevante”, disse.
A esperança dos moradores é de que, com os novos equipamentos, a praça atraia mais famílias e proporcione uma ocupação mais diurna. O capitão da Polícia Militar Regivaldo Robson Vicente afirmou que na praça estão sendo realizadas operações constantes contra o uso de drogas: “Usamos motos e viaturas para fazer o policiamento da região. Também contamos com o monitoramento através de câmeras.” A subprefeitura de Pinheiros vai intensificar a fiscalização dos ambulantes no local.
O vereador Caio Miranda (PSD), autor da emenda que destinou recursos para a recuperação da praça, espera conseguir mais recursos para a próxima etapa de obras com o apoio da iniciativa privada. “Agora, para a segunda etapa, é preciso buscar empresas para a adoção do espaço. Não é fácil porque essa é uma praça com tamanho de parque. Existe uma lei sancionada, que falta o prefeito regulamentar, que permite o comércio nas praças, por meio de quiosques e food trucks. Com essa regulamentação, acredito que ficaria mais viável manter a praça”, disse.
Procurado por e-mail, o Ministério do Meio Ambiente ainda não respondeu.
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