Publicado em 09/12, às 12h20
Por Priscila Perez
A integração das polícias Militar e Civil com a Guarda Civil Metropolitana voltou a ser defendida pelo governador João Doria. “Não há como fazer segurança pública de forma eficiente separadamente”, disse durante a formatura de 81 policiais, sendo 31 civis e 51 militares, no Palácio dos Bandeirantes na última sexta-feira, 6 de dezembro.
A ação conjunta entre as polícias de São Paulo – civil, militar, guardas metropolitanas e municipais – foi promessa de campanha do governador. “Só na mente daqueles que não compreendem o valor da segurança é que propõe a separação das polícias e a desorientação em relação à Polícia Militar e a Polícia Civil”, disse na ocasião.
Novos protocolos
Doria mudou o tom após a divulgação de vídeos que mostram policiais militares agredindo pessoas durante um baile funk em Paraisópolis, na zona sul da capital. Três dias depois de reforçar que a repressão aos pancadões continuaria igual, mesmo após o tumulto que vitimou nove pessoas no dia 1 de dezembro, o governador admitiu ser necessário rever os protocolos da Polícia Militar. “O secretário da Segurança Pública já foi orientado a rever protocolos e identificar procedimentos que possam melhorar e inibir, senão acabar, com qualquer perspectiva da utilização de violência e de uso desproporcional de força em qualquer acontecimento do estado de São Paulo”, pontuou.
Durante a coletiva, o governador afirmou que ficou “muito chocado” com o vídeo, no qual um policial agredia jovens com um bastão de madeira. “É uma circunstância inaceitável. Como governador de São Paulo, eu não aceito que esse procedimento exista e não vai mais existir. Pelo menos faremos de tudo para que isso não mais aconteça.”
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