Publicado em 18/03, às 9h
Por Priscila Perez
Os bancos de sangue da capital estão com os estoques baixíssimos, praticamente vazios, segundo o médico David Uip, coordenador do Centro de Contingenciamento para o Coronavírus em São Paulo. Por medo de contrair o Covid-19, a população tem ficado em casa, em isolamento, e não está doando sangue. “Se existe um lugar protegido é o banco de sangue”, esclarece o médico.
Diante da emergência, David Uip fez um apelo aos paulistanos para que façam doações e ajudem a repor os estoques de sangue, item indispensável num momento de crise como este – de enfrentamento à pandemia. “Preciso de muito apoio de vocês: os nossos bancos de sangue estão praticamente sem sangue. O banco de sangue que tem mais sangue, tem sangue hoje para praticamente uma semana”, alertou.
A Fundação Pró-Sangue informou que está operando apenas com 40% da reserva necessária para dar atendimento a mais de 100 instituições de saúde da rede pública. Os sangues do tipo O+, O- e B- estão em estado de emergência, ou seja, garantem o abastecimento por apenas um dia. Já as bolsas de sangue A- e A+ só conseguem atender à solicitação dos hospitais por apenas dois dias.
Como doar?
Basta estar em boas condições de saúde e alimentado, ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg e levar documento de identidade original com foto recente. Recomenda-se também evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem à doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. A doação é vetada temporariamente para pessoas que estiverem com gripe ou resfriado – após a recuperação, devem aguardar uma semana.
Desde a semana passada, o coronavírus figura entre os critérios de triagem clínica para doação, que já incluía a verificação de dengue, chikungunya e zika. Este cuidado proporciona mais segurança para quem irá receber o sangue doado.
Acesse www.prosangue.sp.gov.br para verificar o horário de funcionamento dos postos de coleta. Mais informações pelo telefone 11 4573-7800 (Alô Pró-Sangue).
Adicione Comentário