Publicado em 18/03/2022 às 10h
por Redação/via G1
Escola Estadual Parque Anhanguera foi palco de polêmica no dia 9 de março. Alunas relataram nas redes sociais que foram retiradas por funcionários por estarem usando cropped, regatas e calças rasgadas. Em comunicado publicado por elas, “os funcionários passaram de sala em sala pedindo para que todas as alunas se levantassem”, com o intuito de verificar como estavam vestidas. Aquelas que estivessem com roupas inapropriadas seriam mandadas para a secretaria. E foi o que aconteceu. Como as meninas estavam usando moletons, elas foram obrigadas a tirar as peças para que a conferência acontecesse. Diante disso, já na secretaria, elas foram informadas que poderiam ser impedidas de entrar no colégio se a roupa não estivesse de acordo com a vestimenta aceita. E para piorar, os funcionários ainda alertaram que a escola não poderia ser responsabilizada por queixas de possíveis casos de assédio cometidos por alunos homens por conta da forma como elas estavam vestidas.
Nos corredores da escola, as jovens espalharam cartazes em protesto à arbitrariedade e, na última sexta-feira, 11 de março, realizaram uma manifestação na unidade.“Nós somos jovens meninas, mulheres e temos muito respeito por quem vem antes de nós. Porém, estamos no século 21 no ano de 2022 e é inadmissível que ainda hoje episódios como este aconteça dentro do espaço escolar onde deveríamos ser acolhidas e não censuradas com o argumento de culpar a roupa da mulher pelo assédio que ela sofre. Nós nos sentimos desrespeitadas e ridicularizadas, fomos constrangidas perante toda a comunidade escolar e expostas dentro das salas de aula”, diz o comunicado.
O caso foi levado à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, que prometeu averiguar o ocorrido por meio da Diretoria de Ensino Norte 1 e reorientar os funcionários. A abordagem relatada pelas alunas, segundo a Seduc-SP, “não condiz com as orientações da Pasta”.
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