Publicado em 21/03/2022 às 9h
por Redação
A futura concessão do Parque da Água Branca à iniciativa privada foi alvo, mais uma vez, de protesto por parte de ambientalistas e frequentadores da área verde, uma das mais tradicionais da zona noroeste. A manifestação ocorreu no último sábado, 19 de março, com o propósito de impedir que o equipamento seja gerido e explorado pela iniciativa privada, como prevê o edital publicado pela Gestão Doria. A abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas deve ocorrer no próximo dia 31. Também fazem parte do pacote de concessão os parques Villa-Lobos, Cândido Portinari e Petar (Parque Estadual Turístico Alto Ribeira), no Vale do Ribeira.
Os manifestantes alegam que a população não foi incluída no processo de concessão. Além disso, ainda faltariam estudos consistentes sobre os impactos sociais e econômicos relacionados ao projeto de autoria da Gestão Doria.
Com a transferência para a iniciativa privada, a expectativa por parte do governo paulista é que a futura concessionária realize melhorias significativas nesses parques ao longo dos próximos 30 anos, enquanto durar a concessão. O investimento previsto é de R$ 60 milhões. No Parque da Água Branca, por exemplo, embora seja muito querido pela população, os frequentadores reconhecem que há problemas estruturais, como banheiros que precisam de manutenção, portas sem trinco, remendos no tetos e infiltrações. Até os prédios históricos estão malconservados e demandam cuidados.
Tudo isso, de acordo com o governo paulista, seria resolvido pela empresa responsável por gerir o parque. “A concessionária deverá obrigatoriamente respeitar o plano diretor e buscar a maior atratividade. É uma roda do ganha-ganha: quanto melhor o parque, mais pessoas. Quanto maior o número de pessoas, maior a lucratividade”, explica Marcos Penido, secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente. Mo modelo previsto, não haverá cobrança de ingressos para entrada, e os serviços de vigilância, limpeza e manutenção ficarão a cargo da futura concessionária.
Revitalização
O parque da Água Branca conta com uma área de 136 mil m² e 70 edificações. Antes da pandemia, o local recebia 2,9 milhões de visitantes por ano. A proposta do estado prevê que o concessionário mantenha as características históricas do parque e requalifique áreas como o aquário e centro de educação ambiental. A iniciativa privada deverá manter também o espaço de leitura, a feira de produtos orgânicos e as atividades para a terceira idade.
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