Publicado em 03/01, às 11h50
Por Priscila Perez
Os alunos da rede municipal correm o risco de ficarem sem uniformes neste início de ano por conta do material apresentado pelas 36 empresas que participam da licitação para o fornecimento de roupas, agasalhos e tênis. Segundo a Prefeitura de São Paulo, a qualidade dos uniformes é inferior ao padrão exigido. Há 13 lotes em disputa e R$ 100 milhões em jogo. Cerca de 652.435 kits, que incluem camisetas, meias, jaqueta, calça, blusão, bermuda e tênis, deverão ser distribuídos aos estudantes quando a concorrência for concluída.
Sobre o assunto, o prefeito Bruno Covas afirmou à Rádio CBN São Paulo que as três primeiras colocadas de cada lote se submeteram a testes de análise em novembro, realizados pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e pelo IBTEC (Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos), e todas foram reprovadas.
“[Os alunos] correm risco, sim [de começarem as aulas sem uniforme]. Já pedi para o secretário de Educação [Bruno Caetano] levantar a possibilidade de as empresas estarem todas em conluio, até pedi para a Controladoria do município levantar isso, de que forma a gente consegue aplicar sanções, porque elas não estão apresentando material de acordo com o que foi licitado”, ressaltou o prefeito. Segundo ele, as empresas estariam pressionando a Prefeitura para que ocorra uma nova licitação, com exigências mais baixas.
A Secretaria de Educação confirma que dois terços das empresas que compõem a licitação foram reprovadas nos testes. Se todas as participantes forem desclassificadas, a administração municipal pretende repassar a verba diretamente para as escolas. A distribuição do dinheiro deverá ser feita pela Associação de Pais e Mestres de cada unidade.
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