Publicado às 9h40
Estadão
A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou, no último dia 10, um aumento de 3,5% na tarifa de água nas áreas sob fornecimento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Os novos valores entram em vigor em 30 dias.
Conta de água
Para quem consome até 10 m³ por mês, a tarifa mínima passa de R$ 48,30 para R$ 50. De 11 a 20 m³, o valor passa de R$ 3,78/m³ para R$ 3,91/m³. O reajuste integra a revisão tarifária da Sabesp, feita a cada quatro anos. O cálculo considera itens como a projeção de demanda de água pelos clientes e custos operacionais. O reajuste anterior da tarifa, de 7,88%, ocorreu em novembro.
Gatilho de reajuste
A Arsesp já havia desistido de criar um “gatilho” para reajustar automaticamente a tarifa de água e esgoto da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) quando houver uma variação anormal do consumo médio de água na rede. O mecanismo proposto pelo órgão regulador foi revelado no último sábado, 3, e seria implantado a partir deste mês, após a conclusão do processo de revisão tarifária.
Na prática, o “gatilho” funcionaria assim: se a população reduzisse muito o consumo e isso tivesse efeito negativo nas receitas da Sabesp, a conta de água iria subir além da correção inflacionária, como ocorreu durante a crise hídrica (2014-2015). Se o consumo subisse muito, o preço da tarifa cairia. O objetivo do mecanismo, segundo a Arsesp, era “garantir o equilíbrio econômico-financeiro” da companhia de saneamento, que opera em 367 cidades paulistas (57% do total), onde vivem 24,7 milhões de pessoas.

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