Publicado em 27/04/2022 às 10h40
por Redação
A implantação de sinalização específica para motos em uma das vias mais movimentadas da capital, a Avenida 23 de Maio, conhecida pelo seu histórico de acidentes graves, foi recebida – a princípio – com desconfiança por parte dos motoristas. Alguns apostavam que ninguém utilizaria a faixa azul, enquanto outros acreditavam que a medida traria bons resultados a longo prazo. Após três meses de operação, o saldo do projeto-piloto é bastante positivo: além de ser utilizado por 88% dos motociclistas, não foi registrado nenhum acidente com vítima grave e óbito envolvendo motos. Além disso, segundo a CET, o número de sinistros dentro e fora da faixa vem se mantendo baixo a cada mês.
De acordo com a Companhia, a fluidez também continua apresentando melhoras com diminuição de 5,5% da lentidão (1,06 para 1,0) quando comparado ao mesmo período de 2019 (antes da pandemia). Para os técnicos na CET, ao organizar o fluxo de veículos, retirar as tachas da sinalização horizontal e orientar os espaços compartilhados, evitou-se os conflitos existentes entre autos e motos. Graças a isso, o trânsito fluiu sem as rotineiras disputas com buzinas, estresse e o hábito de mudança entre faixas sem necessidade (o famoso “costurar”).
Em março, os sinistros envolvendo motos foram os seguintes:
- Fora do espaço da faixa azul: quatro sem vítima e quatro vítima leve. Os motoristas dos veículos não sinalizaram a mudança de faixa com a seta e colidiram de leve com as motocicletas.
- No espaço da faixa azul: um sem vítima e um com vítima leve, também causados pelo não uso da sinalização de seta ou pelo movimento brusco de troca de faixa.
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