Publicado em 17/11/2022 às 8h50
por Redação
Durante a pandemia, assim como as consultas médicas se tornaram virtuais, muitas interações sociais migraram para a internet. Mas com o fim do isolamento social, o que acontecia somente em ambiente virtual migrou, novamente, para o mundo real, com encontros marcados a partir de interações via aplicativos de relacionamento. Quem nunca, não é mesmo? Foi assim que o famoso Golpe do Tinder, um tipo de sequestro-relâmpago, se consolidou entre a bandidagem. Para se ter ideia, o golpe já representa 60% dos sequestros praticados na capital, segundo dados do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil de São Paulo.
Dos 75 casos registrados, 45 deles são de extorsão mediante restrição de liberdade (sequestro-relâmpago) e 30 fazem referência a episódios de sequestro e extorsão em que a vítima é mantida em cativeiro. O caso mais recente desse tipo ocorreu em Taipas, na zona noroeste, onde um homem de 42 anos foi sequestrado e mantido em cativeiro por 14 horas após ter marcado encontro com uma mulher via aplicativo de relacionamento. A vítima amargou um prejuízo de R$ 200 mil (confira a reportagem na íntegra).
Moda na ZN
Até o momento, Taipas e Jaraguá são os bairros da região que mais registraram golpes desse tipo. Uma simples busca em nosso site aponta para repetidos casos em que homens foram atraídos para áreas remotas da região via app de namoro. De acordo com a Polícia, o perfil é esse mesmo: homens que moram em bairros mais ricos, recém-separados ou até casados. Já os golpistas são jovens, com idade entre 18 e 30 anos, e preferem locais como ruas e praças afastadas para emboscar suas vítimas.
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