Publicado em 20/06/2022 às 9h40
por Redação
Sensibilizados pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, que foram assassinados durante viagem pelo Rio Itaquaí, dentro da Terra Indígena (TI) do Vale do Javari, no Amazonas, manifestantes se reuniram no último sábado, 18 de junho, no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista, para pedir justiça. A mobilização foi organizada pela Associação de Servidores da Funai, Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal e pela Central Sindical Conlutas.
A guarani Sonia Aramirim, de 47 anos, marcou presença no protesto como representante do povo da TI Jaraguá, na zona noroeste. Em entrevista ao portal Ponte Jornalismo, organização sem fins lucrativos que tem como foco temas ligados aos direitos humanos, ela falou sobre os recentes casos de violência que abalaram a comunidade.“Eles foram calados através do assassinato, os servidores da Funai tentam fazer o máximo possível para nos apoiar”, lamentou. “Esse ano já morreram três pataxós, no sul da Bahia. Os Guaranis Kaiowás estão sofrendo genocídio declarado.”
A manifestação, que reuniu cerca de cem pessoas, também pediu justiça pela morte de Maxciel Pereira dos Santos, indigenista morto em 2019, cujo caso ainda segue sem solução. Antes de desaparecerem, Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos pela última vez na comunidade de São Rafael. Ambos viajavam com destino à Atalaia do Norte, num percurso de aproximadamente duas horas
Adicione Comentário