Publicado em 02/03/2023 às 8h30
por Redação
O acidente que abriu uma cratera na pista local da Marginal Tietê, num canteiro de obras da Linha 6-Laranja, completou um ano em fevereiro. Até então, o episódio não contava com uma explicação oficial. Havia apenas um relatório elaborado por especialistas contratados pela Acciona, a construtora responsável, no qual apontava para uma possível “falha estrutural” na rede de esgoto da Sabesp. Já o aguardado laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), requisitado pelo Governo de São Paulo, ao qual o jornal SP2, da TV Globo, teve acesso, vai na contramão do primeiro relatório, sinalizando que teriam ocorrido falhas na execução da obra – por parte da construtora. A Sabesp, por sua vez, não teria relação com o episódio. Vale lembrar que este documento é considerado fundamental para a apuração das causas do acidente pelo Ministério Público.
Considerações sobre o acidente
Para o instituto, três eventos contribuíram para o colapso no canteiro de obras: a fragilização do terreno; a substituição de uma parede robusta por uma mais fina no trecho final do túnel, a qual não teria resistência suficiente para suportar a passagem do tatuzão; e a ruptura de pedaços do solo. A tubulação de esgoto, por sua vez, não teria influenciado no desabamento, já que as bombas da rede estavam desligadas. Não havia pressão na tubulação no momento do acidente.
Relatório da Acciona
No relatório produzido pelos engenheiros da Acciona, o vazamento é apontado como uma consequência direta da “fragilidade da rede de esgoto”. A escavação do túnel não teria deslocado o terreno de tal maneira que afetasse o revestimento da galeria de esgoto. O documento ainda sinaliza que o sistema da Sabesp “não seria capaz de sustentar até modestos níveis de compressão”.
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