Publicado em 17/08/2022 às 10h10
por Redação
O Ministério Público (MP-SP) está processando uma mulher por ter sofrido aborto em dezembro de 2017. Naquele ano, a dona de casa, que estava grávida e sofria de depressão, tentou cometer suicídio ao ingerir veneno de rato. Por conta da crise, foi levada ao Hospital José Soares Hungria, em Pirituba, onde recebeu o tratamento necessário. Porém, dias depois, a mulher acabou abortando.
Vítima e ré
A interrupção da gravidez, em decorrência do tratamento, virou alvo de investigação pelo MP, que entende que a mulher “assumiu os riscos da ação”. No processo, o feto é apresentado como vítima. A primeira audiência do caso ocorreu na última segunda-feira, 15 de agosto, no Fórum da Barra Funda. “O MP deveria entender que ela não tinha discernimento para poder entender a situação e quais seriam os resultados, quais seriam as consequências”, alega a defesa. A mulher, cujo nome não foi divulgado, também argumenta que estava psicologicamente abalada em razão do término com o namorado naquela época.
O caso corre em segredo de justiça. Mas acredita-se que o processo seja levado a júri popular.
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