Publicado às 9h40
G1 São Paulo
O muro de vidro da raia olímpica da Universidade de São Paulo (USP), na Marginal Pinheiros, na Zona Oeste da capital, inaugurado em 4 abril de 2018, ainda não está concluído.
O muro de concreto, com cerca de 2,2 km de extensão, ainda não foi totalmente substituído pelas placas de vidro.
Na manhã desta quarta-feira (3), pelo menos 14 placas estavam quebradas.
A obra foi entregue incompleta em 4 de abril do ano passado pelo então prefeito da cidade João Dória (PSDB), atual governador do estado. A obra provocou polêmica ao ser anunciada e foi defendida por Doria, que fez uma inauguração simbólica do muro antes de sair da Prefeitura de São Paulo.
Vidros doados
Os painéis de vidro têm 3,15 metros de altura e substituem parte do muro de concreto que separa a Cidade Universitária da Marginal Pinheiros. Os vidros de 12 milímetros de espessura têm adesivos pretos com a ilustração de uma ave da mesma cor. A ideia é que animais não colidam com o muro.
A obra, avaliada à época em R$ 15 milhões, partiu de doações de 52 empresas da iniciativa privada. O objetivo era integrar a Cidade Universitária e suas atividades esportivas na raia olímpica com quem passasse pela marginal. Carros considerados pequenos, porém, não permitem ao motorista ou passageiros verem o que é praticado lá dentro.
Além disso, 15 dias após a inauguração, as primeiras placas começaram a aparecer quebradas. No começo havia especulação de que vidros teriam sido danificados por vandalismo. Cogitou-se a possibilidade de pessoas que passariam pela marginal terem atirado objetos nas placas.
Laudo da perícia da Polícia Técnico-Científica indicou, no entanto, que os vidros estavam quebrando por falta de estrutura na obra. Além disso, a vibração provocada pelos veículos que passavam pela via ao lado aliada a problemas na instalação provocavam os danos nos painéis.
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