Publicado às 9h45
Agência Estado
O período de chuvas terminou com um aumento de 14% no número de queimadas, no Estado de São Paulo, em relação ao ano passado. De 1.º de janeiro a esta quarta-feira, 3, foram registrados 220 focos de incêndio no Estado, contra 193 no mesmo período de 2018. Em 2017, também houve menos queimadas no período: 189, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Se considerado todo o verão, de 22 de dezembro a 20 de março, o aumento de queimadas é ainda maior, de 25,6%. Foram registrados 168 focos no verão passado e 211 neste.
Apesar de o primeiro trimestre deste ano ter sido bastante chuvoso na capital, acima da média histórica, e também na região litorânea, no resto do Estado não ocorreu o mesmo. Segundo o meteorologista Marcelo Seluchi, as chuvas deste ano foram mal distribuídas, chovendo menos em regiões mais sujeitas às queimadas, como no interior. Na região de Campinas, o índice de chuvas atingiu apenas 75% da média esperada neste verão.
Com a entrada do tempo mais seco, a previsão é de que o número de queimadas continue em elevação no Estado. Na manhã desta quarta, os satélites do Inpe registravam quatro focos ativos de incêndios em Araras, Tambaú, Jaboticabal e Botucatu, todos no interior.
No domingo, 31, um incêndio destruiu uma fábrica de embalagens em Jardinópolis, região norte do Estado. Os imóveis do entorno tiveram de ser desocupados por segurança. De acordo com os bombeiros, as causas ainda são investigadas, mas a suspeita é de que o fogo tenha se propagado a partir de uma queimada no mato de um terreno vizinho.
Nesta terça-feira, 2, um incêndio deixou duas famílias desabrigadas numa comunidade do bairro Montanhão, em São Bernardo do Campo, segundo a Defesa Civil estadual. As chamas teriam se iniciado numa queima de lixo num terreno próximo e atingiram as duas moradias. Na segunda, 1.º, bombeiros e brigadistas foram mobilizados para conter as chamas que atingiram uma área de reflorestamento de pinus e eucaliptos no bairro Pinhalzinho, em Itapeva.
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