Publicado em 22/4/2020 às 11h19
Por Cristina Braga
Segundo dados da Agência FAPESP sobre a vulnerabilidade dos idosos na cidade de São Paulo, dos mais de 1,8 milhão de idosos 290.771 (16%) vivem sozinhos, sendo 22.680 deles com 90 anos ou mais. Além disso, mais de 8 mil – por diferentes razões, não têm a quem pedir ajuda caso precisem. Eles não contam com uma rede de suporte social ativa e eficiente.
O estudo teve início em 2000 e com apoio da FAPESP, o estudo foi reeditado em São Paulo em 2006 e 2010 e em 2015 teve sua quarta edição e revela as condições de vida e saúde dos idosos residentes no município de São Paulo
Idosos e Covid-19
A condição de saúde dos idosos também é motivo de preocupação, sobretudo pelo fato de eles apresentarem doenças consideradas de risco para a COVID-19, acrescenta a pesquisa.Entre os que moram sozinhos, 63,1% (183.477) têm duas ou mais doenças crônicas simultâneas. Entre as doenças mais comuns, 67.9% (197.434 idosos) são hipertensos, 25,4% (73.856) têm diabetes, 22.9% (66.587) apresentam alguma doença cardíaca e 9.3% (27.042) têm doença pulmonar crônica. Além do alto índice de doenças crônicas, há outros fatores que preocupam os especialistas:12,9% (37.510) dos idosos são frágeis e 52.2% (151.782) são pré-frágeis – têm pouca resistência ou energia, perdem peso involuntariamente e declaram sentir fraqueza, entre outros fatores de risco.
Destaque positivo
Um dado positivo apontado pelo estudo está no fato de que 84% dos idosos terem sido vacinados contra gripe na capital paulista. Porém, apenas 39% foram imunizados contra a pneumonia.
Adicione Comentário