Publicado às 9h25
Estadão
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) deste ano teve cerca de 5,5 milhões de inscritos, a menor quantidade de candidatos confirmados desde 2011.
O fim do uso da prova para certificação do ensino médio e as mudanças nas regras do Ministério da Educação (MEC) para evitar abstenções ajudam a explicar a queda de participantes nas últimas edições.
Em relação ao ano passado, a queda foi de 18% na quantidade de inscritos confirmados. Desde a última edição, o Enem deixou de funcionar como prova para certificar o ensino médio, o que já tinha feito cair a procura pelo exame.
Novas regras do ENEM
Começou a valer nesta edição a nova regra sobre ausentes. Os candidatos que têm direito à isenção e faltaram no ano passado só conseguem a gratuidade novamente se justificarem a ausência.
Pela primeira vez, o pedido de isenção foi anterior à inscrição.
A medida foi tomada, segundo o ministério, por causa da elevada média de abstenção no exame – de 29% nos últimos cinco anos. O prejuízo com isso, calcula a pasta, foi de aproximadamente R$ 962 milhões.
“Não podemos ter pessoas se inscrevendo para não participar das provas, muitas vezes sem justificativa”, afirmou ontem o ministro da Educação, Rossieli Soares.
Mudança
Segundo ele, parte das pessoas que se inscreviam no Enem para buscar o certificado do ensino médio migrou para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que teve quase 1,34 milhão de inscritos neste ano.
A taxa de inscrição é de R$ 82, mas a prova custa aproximadamente R$ 90 por estudante. Do total de candidatos, 63,8% são isentos de cobrança.
Calendário
O exame será aplicado em todo o País nos dias 4 e 11 de novembro. No primeiro dia, serão as provas de Redação, Linguagens e Ciências Humanas. No domingo seguinte, os candidatos farão os testes de Matemática e Ciências da Natureza. A divulgação de resultados está prevista para o dia 19 de janeiro do ano que vem.

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