Publicado em 02/04, às 12h
Por Priscila Perez
O botijão de gás virou raridade na zona noroeste durante a pandemia de coronavírus. Devido ao isolamento social, o paulistano correu às distribuidoras para garantir o item, formando longas filas nas portas dos estabelecimentos em toda a capital. Por telefone, Leandro Ferraz, morador de Pirituba, foi informado de que já não havia o botijão nas revendedoras da região – isso quando atendiam à chamada. Pelo aplicativo Chama, que reúne as principais revendas do bairro, a situação é igual: todas fechadas por falta de produto (confira a lista)
A alta demanda fez com que o preço do botijão oscilasse ainda mais, sendo vendido por até R$ 90 em Pirituba. Para evitar distorções como essa, o governo paulista acionou o Procon-SP no dia 1º de abril para atuar junto aos fornecedores com a missão de garantir a revenda pelo preço de até R$ 70 por botijão. Quem for flagrado comercializando gás a preços abusivos será multado e responderá por crime contra a economia popular. Durante a quarentena, o órgão já recebeu mais de 120 denúncias sobre o tema. “Não é nem R$ 71, nem R$ 72, nem R$ 80. Em uma situação como a que estamos vivendo, R$ 10 fazem muita falta”, adverte o governador João Doria.
Preço nas alturas
Apesar do Sindicato de Fornecedores de Gás garantir que não “houve qualquer alteração nos custos que justificasse a elevação”, os preços cobrados aos consumidores estão nas alturas. De acordo com o aplicativo, que contabiliza duas mil distribuidoras da capital, o botijão saltou de R$ 71 para R$ 81, em média, após as medidas de isolamento social instituídas na cidade. A variação chega a 35%. “Não há risco de desabastecimento de botijões de gás. Não há nenhuma justificativa para que as pessoas se aglomerem nos pontos de venda e paguem mais caro”, destaca Fernando Capez, diretor do Procon-SP.
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