Publicado em 25/02/2022 às 10h
por Redação/via Câmara
Em outubro de 2021, a Prefeitura de São Paulo havia noticiado que finalmente o Hospital Sorocabana, na Lapa, seria reativado em um futuro não tão distante após passar por reforma e readequação do prédio. Naquela ocasião, a tão aguardada municipalização do equipamento (repasse da competência do estado para o município) havia sido confirmada, o que possibilitaria o início do processo de reforma e modernização do imóvel. De lá para cá, pouca cousa mudou, e os lapeanos seguem sem respostas quanto à reabertura efetiva do hospital.
A falta de informações foi questionada na última quinta, 24 de fevereiro, em audiência pública sobre as despesas e projetos da Secretaria Municipal da Saúde, encontro realizado pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal. O assunto do dia era o Relatório Detalhado da Execução Orçamentária e Financeira referente ao terceiro quadrimestre de 2021 (setembro a dezembro).
Silvia Maria Tomazini, moradora da Lapa e representante do Comitê de Defesa da Reabertura do Hospital Sorocabana, participou da audiência e cobrou da Prefeitura mais transparência sobre o tema, tão importante para a zona noroeste. O hospital sequer foi citado no balanço da SMS. “Estamos indignados com a falta de consideração com a população. Nossas demandas não estão sendo consideradas neste balanço, não tem uma linha sobre o hospital.”
A lapeana ainda lembrou que a municipalização do Sorocabana – pela qual “a comunidade tem batalhado nos últimos anos” – havia sido confirmada pela Prefeitura e amplamente divulgada na imprensa no ano passado. “Daí, hoje, a gente fica estarrecido ao ouvir que os trâmites ainda não foram concluídos. Cadê os 42 milhões que foram designados para o hospital pelo PLOA? [Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2022]”, questionou Silvia.
Balanço
De acordo com o relatório, as ações do município voltadas à saúde somaram R$ 11,9 bilhões no ano passado, o equivalente a 21% da arrecadação da cidade. A SMS ainda destacou a execução de 96,98% do orçamento durante o período, índice classificado pelo chefe de gabinete da pasta, Armando Luis Palmieri, como ‘razoável’ para a aplicabilidade do recurso”.
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