Publicado em 30/01, às 12h20
Por Priscila Perez
Há pelo menos três décadas, o maior entreposto da América Latina, hoje de propriedade da União, é alvo de promessas em torno da sua saída da Vila Leopoldina. A transferência finalmente foi anunciada em dezembro pelo governador João Doria, após o governo federal determinar a privatização de suas atividades.
Na última terça, 28 de janeiro, o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, incluiu a Ceagesp entre as 16 empresas públicas que serão privatizadas até janeiro de 2020. No caso do entreposto paulistano, o cronograma prevê que a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo seja concedida à iniciativa privada em abril de 2021. O mesmo ocorrerá em Minas Gerais, segundo o secretário.
A lista foi citada em resposta à crítica dos ex-presidentes do Banco Central Gustavo Franco, Pérsio Arida e Armínio Fraga, que estiveram à frente da entidade durante o governo de Fernando Henrique, sobre o andamento da agenda de privatizações do governo federal. Até o final deste ano, Salim Mattar espera arrecadar entre US$ 25 bilhões e US$ 30 bilhões com a desestatização de empresas públicas.
Futuro Vale do Silício
A região ocupada pela Ceagesp dará lugar a um complexo high-tech, que deverá ser o mais avançado ambiente de criatividade e desenvolvimento de startups do Brasil. Segundo o governo paulista, o CITI (Centro Internacional de Tecnologia e Inovação) será implantado em quatro etapas. A primeira será no atual terreno do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que abrigará três empresas – inicialmente. Sua inauguração está prevista para maio de 2020. Intitulado de IPT Open Experience, a iniciativa será destinada a empresas de todos os portes que demandem soluções de alta intensidade tecnológica. Já a segunda etapa do projeto engloba o Parque do Jaguaré. Em seguida, será construído um amplo centro industrial nos terrenos do CDP de Pinheiros e da Ceagesp (terceira e quarta etapas do CITI).
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