REGIONAL

Mãe realiza campanha para salvar bebê com doença rara no Jaraguá

Publicado em 04/11/2020 às 10h21

Reportagem de Cristina Braga

Bem no início da pandemia, a jovem operadora de telemarketing, de 28 anos, Amanda de Cassia Estrela ganhou seu segundo filho. O bebê veio ao mundo no dia 30 de março, de maneira normal. Mas com o passar do tempo, a mãe começou a observar que seus movimentos não eram típicos de desenvolvimento motores comuns, “pois um bebê de 4 meses já deveria sustentar a própria cabeça. As pessoas ao meu redor achavam normal, mas insisti em dizer que não era, e então comecei a levar em várias consultas”, conta Amanda.

A desconfiança ficou mais evidente pelos bracinhos tortos, pele ressecada que Yohan apresentava a cada dia e a mãe levou ao posto de saúde da região. Ali começaria a saga para um diagnóstico preciso. “Ouvi muito que ele era um bebê preguiçoso, porque não movimentava as pernas e não sustentava o pescoço”, diz Amanda.

A família mora no Jaraguá e Amanda foi dispensada do emprego, no começo do ano, por ter que faltar para socorrer o filho. Inconformada, decidiu descobrir o que a criança tinha de incomum. Depois do pediatra, veio o encaminhamento para o neurologista que solicitou exame genético de D. N.A; pois o especialista suspeitou ser uma doença rara, a AME (Atrofia Muscular Espinhal). “Foi lá no Hospital das Clínicas que consegui fazer o exame, e enfim, o diagnóstico chegou no dia 19 de agosto, quando chegou a confirmação que Yohan era portador da AME tipo I, considerada o tipo mais grave.Enfermidade degenerativa, estima-se que um em cada 10 mil nascidos tenham a doença e há cerca de 8 mil casos no Brasil.

A AME é uma corrida contra o tempo
Os principais sinais da doença são: fraqueza muscular, incapacidade de segurar a cabeça, sentar, ficar em pé ou caminhar, dificuldade para respirar e engolir, necessitando tratamento multidisciplinar. A maior parte dos casos é identificada na primeira infância, quando o paciente ainda é um bebê. Yohan se alimenta por meio de uma sonda. A mãe adaptou a casa para atender as necessidades do bebê, e ainda sozinha, sem home care, tem que cuidar do outro filho de 8 anos, além de todas as tarefas domésticas.

No dia 14 de setembro, o bebê começaria a tomar um medicamento, o Spinraza para bloquear o avanço da doença. Esse medicamento – recém-incorporado ao SUS este ano – para a forma mais severa é de ‘Alto Custo’. O medicamento é ministrado por meio de aplicação de seis doses no primeiro ano e três doses por ano pelo resto da vida. “Mesmo assim é uma luta pois estou com aparelhos emprestados como respirador, oxímetro e tenho que devolver em três meses”, revela angustiada.

Zolgensma e o remédio mais caro do mundo
Amanda explica que o bebê – que necessita também de fisioterapia – está na terceira dose do medicamento injetado na medula e necessita de um ambiente específico para a aplicação. “O que desejo é a cura da doença que vem com o remédio considerado o mais caro do mundo: 12 milhões de reais” enfatiza Amanda.O Zolgensma é um tratamento genético com capacidade de corrigir o DNA danificado causador da doença.

O Ministério da Saúde e o Governador João Doria recentemente zeraram o Imposto de Importação para o Zolgensma. No entanto, a desoneração ameniza o problema, mas não o resolve, porque a criança precisa tomar em dose única o remédio antes de completar dois anos.

Amanda está fazendo várias campanhas de arrecadar fundos e quem quiser contribuir tem vários meios para isso, como a campanha virtual https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ame-o-yohan

 

Cristina Braga

Comentário

Clique aqui para postar um comentário

  • Que complicado ler isso, hein! Uma criança linda, com um sorriso encantador, não tendo nem o auxílio total e necessário do seu governo do Estado. Por isso, o Brasil parece que não alcançará o tão sonhado status de “país de 1º mundo”, porque aqui só os governantes têm direitos reconhecidos na constituição.

Instagram

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .

Video

Uniquely strategize progressive markets rather than frictionless manufactured products. Collaboratively engineer reliable.

Flickr

  • Staub
  • A kind of a map
  • Straight
  • Double
  • Dwntwn revisited
  • Apple
  • Repentir
  • Milch
  • Coco