Moradores de Taipas dizem que não foram ouvidos pela Prefeitura sobre a implantação do centro de acolhida na região

Publicado em 29/03/2023 às 10h40

por Redação

Moradores e comerciantes de Taipas, na zona noroeste, seguem mobilizados contra a transformação do antigo prédio da Fundação Casa, desativado desde 2020, em centro de acolhida para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Para a comunidade, falta diálogo, pois a Prefeitura não teria levado em consideração as verdadeiras necessidades da região, onde há escassez de equipamentos culturais e de saúde. Segundo os manifestantes, a população não foi ouvida. “Parada de Taipas é uma região esquecida. O poder público não vem aqui. A gente gostaria que nesse local fosse instalado um equipamento cultural ou um centro de convivência para os idosos”, pontuou Adelina Gomes, que esteve em frente ao prédio da Rua Ilha da Juventude para se manifestar pacificamente sobre o projeto. O protesto ocorreu no último sábado, 25 de março, com a presença da população.

Em matéria da TV Globo, o prefeito Ricardo Nunes falou sobre a situação em Taipas. “O que está acontecendo em Taipas é uma discussão em que estão dizendo que vamos levar a Cracolândia para lá. Não existe possibilidade com relação a essa questão. O equipamento é um CAE, centro de acolhimento especial – destinado para famílias, mulheres ou idosos.” A matéria na íntegra está disponível no link http://glo.bo/3ZuiXMW.

Projeto em andamento

Mesmo com o projeto sendo questionado por aqui, a Prefeitura continua determinada em sua missão de transformar esses prédios desativados em centros de acolhida. Na última terça-feira, 28 de março, o distrito de Cidade Tirantes, na zona leste, recebeu um equipamento desse tipo, voltado à população de rua. O novo centro de acolhida Dom José Caminho Saracho tem capacidade para acolher até 70 pessoas em vulnerabilidade social. Além de dormitórios, o equipamento disponibiliza banheiro com chuveiro, café da manhã, almoço e jantar. Também serão disponibilizados acompanhamento psicológico, reuniões com atenção à saúde e atividades ocupacionais com os acolhidos e familiares.