Publicado em 17/05, às 11h42
por Redação
Quem anda pelas proximidades do viaduto Raimundo Pereira de Magalhães já consegue ver algumas mudanças. A calçada no sentido Av. Mutinga ficou mais larga, a sinalização no chão está sendo repintada, uma ilha foi levantada no canteiro central e um passeio foi instalado no acesso ao viaduto, sentido Terminal Pirituba.
Estes são os primeiros resultados das obras da nova ciclofaixa em Pirituba, que vêm causando insatisfação entre os moradores e comerciantes da região. A principal preocupação é o tráfego intenso da Av. Mutinga e, agora, um obstáculo dificultando o acesso aos comércios e ao bairro Jd. Líbano.
O vereador Professor Eliseu Gabriel menciona que a decisão de implementar a ciclofaixa foi tomada sem critérios ou consulta à população e aos comerciantes. “Existe uma lenda de que houve uma audiência pública em 2019, que estabeleceu as rotas de bicicleta na região.” Eliseu ainda enfatiza que não é contra a ciclofaixa, “eu sou contra a ciclofaixa onde não cabe”, e prioriza a segurança, inclusive, dos ciclistas que circularão no canteiro central da via.
Nesta semana, dois veículos, em momentos diferentes, se envolveram em acidentes e invadiram a ciclofaixa na altura do cartório, na Av. Mutinga, sentido estação Pirituba. O primeiro, um Hyundai Creta, bateu no canteiro da obra e colidiu com um ônibus que estava parado no ponto. Em outra ocasião, no mesmo dia, um caminhão caçamba tentou passar sobre a obra, a poucos metros de distância, e ficou preso.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade de Trânsito e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), esclarece que a ciclofaixa da Av. Mutinga foi indicada pelos usuários de bicicleta nas Oficinas Participativas realizadas no ano de 2019. Posteriormente, foi apresentada em Audiência Pública realizada em 23/05/2019 na Subprefeitura de Freguesia do Ó, com ampla participação da sociedade civil organizada, além de representantes das Subprefeituras, Associação Comercial e demais organismos de representação da sociedade.
A estrutura cicloviária projetada está sendo construída substituindo a sinalização horizontal de canalização amarela (zebrado amarelo) que divide a avenida e por onde não é permitida a circulação ou mesmo manobras de retorno, sendo considerada infração grave. Durante o período de obras, podem haver interrupções momentâneas para a movimentação de máquinas e equipamentos, utilizados para a construção das ilhas de concreto que segregam a ciclovia. A estrutura irá proporcionar maior segurança para os ciclistas e pedestres. Na elaboração do projeto, foi utilizada como diretriz básica, a manutenção da capacidade viária, portanto, não haverá diminuição de faixas de rolamento para os veículos. As obras estão em andamento e, ao final, fará conexão entre a Rua Agarum e a Av. do Anastácio.
O acesso ao Jardim Líbano para motoristas vindos da Av. Anastácio, no sentido do bairro, permanece inalterado, bem como o estacionamento ao longo da via. Sobre o viaduto, houve ampliação do passeio para ser compartilhado entre pedestres e ciclistas, com objetivo de melhorar o fluxo de ambos em segurança, sem comprometer a faixa exclusiva de ônibus que foi redimensionada e que mantém o acesso ao terminal Pirituba.
Como alerta aos usuários da região, foram instalados banners e faixas pela empresa executante, advertindo os usuários da situação de obras. A CET também colocou “super cones” em locais críticos, para alertar os motoristas e incentivá-los a reduzir a velocidade na via.
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