Publicado em 30/05/2022 às 10h30
por Redação/via Folha de SP – Mônica Bergamo
Alvo de reajustes seguidos, o botijão de gás está abocanhando cada vez mais a renda do paulistano, sobretudo daqueles que vivem em regiões mais vulneráveis. De acordo com o Instituto Polis, em recente pesquisa sobre o tema, no Jaraguá, por exemplo, o munícipe desembolsa, em média, até R$ 130 pelo botijão. O valor elevado compromete em até 11% a renda das famílias mais pobres, que recebem até um salário-mínimo (R$ 1.212). Por outro lado, para o paulistano que recebe mensalmente até cinco salários-mínimos, o botijão representa uma pequena fatia do orçamento, entre 1,6% e 2,4%.
O levantamento, segundo o Instituto Pólis, demonstra como o preço do botijão de gás, que é fundamental para a alimentação das famílias, é mais oneroso para a população em situação de vulnerabilidade. A variação é desproporcional e não varia de acordo com a renda da população de cada bairro. Se no Jaraguá, o botijão custa R$ 130, em outros bairros de menor poder aquisitivo, como São Mateus e Cidade Líder, ele não sai por menos de R$ 113. Na Vila Formosa, na zona leste, foi encontrado o botijão mais barato: R$ 100.
Botijão caro
Segundo a pesquisa, a população de maior poder aquisitivo da capital desembolsa, em média, R$ 132,50 pelo botijão. Já a mais pobre gasta cerca de R$ 122. Ou seja, o botijão está caro para todo mundo. Entretanto, para o paulistano com um orçamento mais enxuto, a despesa pode significar uma geladeira mais vazia no mês.
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