Publicado em 30/o1, às 11h25
Por Priscila Perez
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) preparou uma série de ações para conscientizar motoristas e pedestres durante o início do ano letivo. Mas não foram os mímicos que mais chamaram atenção do público, e sim a prioridade dada pela Prefeitura à rede particular, com foco em bairros nobres da capital, como Higienópolis, Jardim Paulista e Vila Mariana.
A operação de volta às aulas, que também prevê ajustes semafóricos e fiscalização local, beneficiará 68 escolas particulares contra 24 municipais e 14 estaduais. Em nossa região, apenas os colégios Santa Marcelina e São Domingos, em Perdizes; Módulo, na Vila Romana; e Sagrado Coração de Jesus, na Pompeia, foram contemplados com a ação da CET, que justifica a escolha citando critérios como fluidez, impacto da atividade escolar no trânsito e quantidade de veículos e de alunos na região. Além deles, o Sesi da Leopoldina, na Rua Carlos Weber, consta na seleta lista da operação, focada na zona oeste. Ou seja, a região noroeste acabou ficando de fora.
Por aqui, nem mesmo a tradicional Escola Municipal Desembargador Silvio Portugal, em Pirituba, próximo à Avenida Mutinga, foi beneficiada com a operação, embora movimente bastante o trânsito local durante a entrada e saída de alunos. Colégios como Canello Marques e Miranda, que são tradicionais na região noroeste, também poderiam receber ações similares ao longo do ano com o objetivo de conscientizar a população, sobretudo os motoristas, sobre a melhor conduta em locais com fluxo constante de veículos e pedestres. Tudo para evitar filas duplas e congestionamentos.
A CET, entretanto, destaca que não há distinção entre escolas públicas ou particulares. “As ações têm com foco a segurança viária e a fluidez do trânsito. O fato de serem escolas particulares ou públicas não figura dentre os critérios.”
Por mais segurança
Em dezembro, uma mãe de aluno requisitou junto ao jornal melhorias de sinalização (lombada e faixa de pedestres) no entorno do Colégio Miranda, na Rua Cel. José Rufino Freire, cuja solicitação já havia sido enviada à CET em abril de 2018. “Não há sinalização em nenhum dos três prédios do colégio. Já efetuamos o pedido de revitalização e melhoria da sinalização, mas o serviço ainda não foi realizado.” Na época, o órgão salientou que havia um projeto de revitalização para o endereço, mas a execução dependeria de um cronograma baseado em escala de gravidade. “É muito descaso”, salientou a leitora Elaine Gatti Cola.
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