Publicado em 24/01/2022 às 8h30
via Agência Mural
Falta de medicamentos, horas de espera para receber atendimento e superlotação são alguns dos problemas enfrentados pelos moradores da Brasilândia ao procurarem ajuda nos últimos dias com a alta dos casos de Covid-19 e gripe.
A analista de vendas Maria Aparecida Honório, 52, moradora da Vila Terezinha, conta que procurou por um antibiótico receitado para o filho em três unidades de saúde da região e não conseguiu encontrá-lo. “É um remédio que custa caro para quem está no subemprego ou desempregado. No nosso caso, conseguimos comprar com a ajuda de familiares, mas quantas famílias hoje não conseguem dinheiro para comprar comida?”, questiona.
Pacientes com outros problemas de saúde, como a diarista e cozinheira Maria Benedita Cardoso da Silva, 50, também reclamam da falta de medicamentos nos postos da região. A mãe dela faz tratamento da diabetes, fibromialgia, colesterol e bronquite. “Os remédios que ela precisa estão em falta.” Ela foi duas vezes no posto e a mãe passou por outros três, sem encontrar medicamentos. “É muito complicado para quem tem doenças crônicas nesse momento. Os postos estão dando mais atenção para os casos de Covid”, ressalta.
Com muitas dores e sintomas de gripe, a educadora popular Noemia de Oliveira Mendonça, 63, moradora do Jardim Damasceno, buscou atendimento na Ama/UBS Elísio Teixeira Leite, em um bairro próximo, por considerar menos lotado. Na unidade, Noemia fez o teste de Covid, que deu negativo, e saiu do local com uma receita de cinco medicamentos. “Na farmácia, dos cinco, só tinha dipirona.”
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde disse que a UBS Vila Terezinha e a UBS Silmarya Rejane M. de Souza seriam abastecidas nesta semana com Amoxicilina, um dos medicamentos com mais queixas de falta nos postos, e outros antibióticos. A pasta diz ainda que as demais unidades da região estão em processo de abastecimento.
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