Publicado em 05/01/2022 às 9h30
por Redação/via Folha de SP
Com o avanço da epidemia de influenza e o aumento de casos de Covid-19 na capital, os prontos-socorros públicos estão cada vez mais cheios. Como consequência, as pessoas que procuram as unidades com sintomas respiratórios (Covid-19 ou gripe) esperam até cinco horas para serem atendidas. Para se ter ideia, só nos três primeiros dias do ano, mais de 20 mil pacientes foram atendidos na rede municipal, uma média de 283 atendimentos por hora.
A AMA Sorocabana, na Lapa, é um exemplo dessa alta demanda. Na última terça, 4 de janeiro, a unidade estava cheia e não havia cadeiras suficientes para todos aqueles que aguardavam por atendimento. Com o ambiente lotado, muitos pacientes estavam de pé e outros, sem opção, sentaram-se no chão à espera de ajuda, que poderia levar uma manhã inteira. Foi o caso de Verônica, de 44 anos, que chegou cedinho à AMA, por volta das 8h. Entretanto, cinco horas depois, ainda não havia sequer passado pela triagem. Gripada e febril, ela conta que no dia anterior passou três horas em outro pronto-socorro na mesma agonia por atendimento, mas preferiu procurar outra unidade no dia seguinte.
Na AMA Vila Palmeiras, na Freguesia do Ó, a situação não era muito diferente. Uma paciente assintomática, que preferiu não se identificar, foi até a unidade para fazer um teste de Covid, já que a família inteira estava com a doença, e acabou passando mais de quatro horas no local. E sem a garantia de que faria o teste, uma vez que estava assintomática.
Em resposta, Secretaria Municipal da Saúde ressalta que a rede municipal tem atendido pessoas com sintomas gripais sem a necessidade de agendamento nas 469 UBSs da cidade. Além disso, também foram instaladas tendas para agilizar a triagem nesses locais.
Adicione Comentário