Publicado em 03/02/2022 às 8h30
por Redação
Apesar da ocupação de leitos estar elevada no Estado de São Paulo, o tempo em que o paciente passa internado por Covid-19 em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) caiu de 11 para seis dias. A comparação leva em conta a variante Ômicron, que está circulando no estado, com relação às ondas anteriores.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a redução no tempo de hospitalização é de 55% em comparação a março de 2021. O mesmo fenômeno se aplica aos leitos de enfermaria: antes, o paciente passava nove dias internado; agora são três dias. Outra boa notícia é que, atualmente, a maioria das internações ocorre em leitos de enfermaria, o que indica um cenário de menor gravidade dos casos atendidos.
Contaminação
Estudos têm sugerido que essa nova variante é, de fato, menos agressiva que as anteriores por ter uma capacidade menor de invadir o epitélio pulmonar. Por outro lado, a maior afinidade com as células das vias aéreas superiores parece ter conferido à Ômicron um poder de disseminação que tem sido comparado ao do sarampo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Ômicron contamina cem pessoas a cada três segundos no mundo.
“Nos indivíduos não vacinados a doença não é tão leve, podendo causar óbitos e lesões importantes. A questão é que esse vírus tem encontrado um hospedeiro diferente, que já não é virgem de exposição”, afirma o médico Paulo Saldiva, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).
Casos em SP
No último 31 de janeiro, o Estado contabilizava 11.316 pacientes internados com suspeita ou confirmação de Covid, sendo 7.322 na enfermaria e 3.994 em UTI.
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