Publicado em 29/12/2021 às 9h30
via R7 e Agência Brasil
Com o modelo de cartão de vacinação contra a Covid-19 que será destinado ao público infantil pronto e já sendo impresso, o governador de São Paulo, João Doria, reforçou que o plano do estado é iniciar a vacinação da faixa etária o mais rápido possível. “Com ou sem aprovação do Ministério da Saúde”, declarou.
Segundo o tucano, que desde o início da pandemia trava batalhas com o governo federal e com o Ministério da Saúde quando o assunto é vacina, a questão não é de “formalização”, mas de proteção à população. Mesmo sem o sinal verde do ministério, Doria diz confiar que o governo paulista terá as vacinas para iniciar a imunização das crianças logo no início de janeiro. Por enquanto a vacina da Pfizer é a única autorizada pela Anvisa para a vacinação de crianças. Contudo, o governador afirmou estar “gestionando” um pedido de uso emergencial da CoronaVac.
Exigências
Após abrir uma consulta pública para avaliar a vacinação infantil contra a Covid-19 no país, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na semana passada que o governo federal vai vacinar crianças de 5 a 11 anos, mas deve requisitar prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais. As exigências não existem para outros grupos que já tiveram a vacinação autorizada.
Fiocruz defende importância de vacinar crianças
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou ontem nota técnica em que defende a importância de vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. A Fiocruz avaliou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou uma análise técnica rigorosa para autorizar a aplicação dos imunizantes em crianças dessa faixa etária e que a vacinação infantil já foi iniciada em outros países, sendo ferramenta fundamental no controle da pandemia. “Ainda que em proporções de agravamento e óbitos inferiores aos visualizados em adultos, as crianças também adoecem por covid-19, são veículos de transmissão do vírus e podem desenvolver formas graves e até evoluírem para o óbito”, diz a Fiocruz, que acrescenta que eventos adversos pós vacinação têm se mostrado raros e menos frequentes que as complicações e óbitos.
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