Publicado em 06/11, às 9h50
Por Priscila Perez
O câncer de próstata tem cura? Para a maioria dos casos, o diagnóstico precoce é a arma mais eficaz contra a doença, que é a segunda mais comum entre os homens. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), só no ano passado, mais de 68 mil brasileiros enfrentaram esse tipo de câncer.
Os dados são alarmantes e não podem ser minimizados. É preciso vencer, acima de tudo, a falta de informação e o preconceito, que ainda dificultam o acesso ao médico, já que a detecção precoce eleva a chance de cura para 90%. É o que aponta a Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU).
Evolução silenciosa
Do total de pacientes com câncer de próstata, 20% são diagnosticados em estágios avançados, quando sintomas como dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou no sêmen se manifestam. Já em sua fase inicial, a doença pode não apresentar sintomas, sendo sua evolução muito silenciosa. “Quando a doença é diagnosticada em estágios avançados [com metástase], a sobrevida em cinco anos cai drasticamente”, alerta Gustavo Guimarães, diretor do IUCR (Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica).
Por isso, a visita ao médico é tão importante. Combinando dois tipos de exame, é possível identificar com 80% de sucesso a presença do tumor logo no início. Para rastreá-lo, o paciente deve realizar toque retal e PSA (exame de sangue).
Segundo Flávio Trigo, presidente da SBU em solo paulista, os homens precisam realizar consultas e exames frequentes, sobretudo a partir dos 50 anos. Já para quem tem histórico familiar da doença, a rotina de prevenção começa aos 45 anos. “A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Homens a partir dos 45 anos e com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem procurar o urologista para que sejam informados sobre os benefícios do rastreamento.”
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