Publicado em 17/05, às 11h50
por Redação
Pacientes que buscaram atendimento no Hospital da Brasilândia relataram demoras e escassez de médicos. Ana Marta Teles, por exemplo, esperou cinco horas para ser atendida, enfrentando fortes dores devido à artrose, mesmo não sendo prioritária no pronto-socorro ocupado com casos suspeitos de dengue e problemas respiratórios.
Ela destacou a estrutura do hospital, mas criticou a falta recorrente de médicos. Outro paciente, Dandara Maria, também aguardou por horas enquanto sua mãe recebia cuidados após um diagnóstico de pedra no rim.
A Secretaria de Saúde de São Paulo afirmou que o quadro de profissionais do hospital está completo e que nenhum paciente fica desassistido. Quanto às demoras, mencionaram o protocolo de classificação Manchester e justificaram as variações no tempo de espera de acordo com a gravidade dos casos e a demanda diária.
O Hospital da Brasilândia foi entregue em 2020, inicialmente para atender casos de Covid, mas posteriormente expandiu para casos de urgência, emergência clínica, pediatria e cirurgias de baixa complexidade. A unidade fica próxima aos bairros da Brasilândia, Pirituba e Freguesia do Ó. Segundo Kátia Prandini, conselheira de Saúde de Pirituba, é comum que profissionais de saúde se recusem a serem alocados nas unidades de saúde da região, que é gerida pela OSS (organizações sociais de saúde) Associação Saúde em Movimento.
A OSS não respondeu às questões sobre a demora e a falta de médicos.
O modelo de parceria com organizações sociais de saúde foi adotado em 1998 em São Paulo, mas enfrentou críticas e investigações por irregularidades, incluindo a falta de médicos e problemas contratuais.
Recentemente, houve relatos de atrasos salariais e problemas de insumos no hospital, além de denúncias de sobrecarga de trabalho por parte dos funcionários.
Adicione Comentário