Lapa e região sofrem com enchentes mesmo após ampliação das galerias dos córregos Água Preta e Sumaré

Publicado em 16/03/2022 às 10h20

por Redação

Bairros da região da Lapa, como Barra Funda, Perdizes e Pompeia, estão sendo castigados quase que diariamente pelas recentes tempestades. Em mais um dia de chuva, a rua Gustav Willi Borghoff, na Lapa, por exemplo, registrava às 19h de ontem um ponto de alagamento intransitável. O canteiro de obras da futura Estação Sesc/Pompeia, da Linha 6-Laranja, também ficou alagado (mais uma vez), assim como a Rua Palestra Itália e a Avenida Pompeia. Até a Acciona, empresa espanhola responsável pela construção do ramal, destacou que “as atividades no local também sofrem com as consequências das chuvas, da mesma forma que os moradores desta região”. E como eles sofrem.

A situação deveria ter melhorado com a ampliação das galerias dos córregos Água Preta e Sumaré, uma importante obra antienchente realizada pela Prefeitura entre 2013 e 2016 com o objetivo de aumentar a contenção da água da chuva na região. “Com essa obra temos a recorrência de 25 anos, ou seja, se chover aquilo que costuma chover nos últimos 25 anos, nós não temos risco da Turiassu (Palestra Itália) e a Francisco Matarazzo encherem, porque foram feitas galerias que ligam essas duas vias até o rio Tietê, com capacidade cinco vezes maior do que a que existia antes”, afirmou o então prefeito Fernando Haddad na época. Pois é, a antiga Turiassu alagou de novo, diante do Allianz Parque, e o Palmeira registrou o triste episódio em suas redes sociais. “E assim ficou a Rua Palestra Itália. Há muitos anos é a mesma história: choveu, alaga. Triste demais.”

E assim ficou a Rua Palestra Itália. Há muitos anos é a mesma história: choveu, alaga.

Triste demais… pic.twitter.com/WFRhUXA4Om

— Palmeiras Online (@palmeirasonline) March 15, 2022

Vale lembrar que a obra nos córregos, uma antiga reivindicação dos moradores, custou aproximadamente R$ 143 milhões e fez parte da Operação Urbana Água Branca. Quanto ao canteiro da futura Estação Sesc, a concessionária Linha Uni já adiantou que tem estudado soluções provisórias para reduzir o impacto dos alagamentos na área da obra.