Publicado às 12h10
G1
O nível de poluição do rio Tietê, que tem 1.100 quilômetros e passa por vários municípios paulistas, aumentou entre 2014 e 2017, período em que caiu o total de investimento pelo estado em despoluição.
Dados obtidos pela reportagem com base na Lei de Acesso à Informação mostram que de 2014 para 2015, o valor investido no programa de despoluição do Tietê diminuiu e foi ainda menor no ano seguinte. Em 2017, o investimento até subiu, mas ainda assim, foi 34% mais baixo do que o de 2014. Em 2014, foram R$ 635,5 milhões investidos, enquanto em 2017, R$ 416,6 milhões.
De acordo com o último relatório da ONG SOS Mata Atlântica, de 2017, atualmente são 130 quilômetros de rio morto ou quase morto de Guarulhos, na Grande São Paulo, até o município de Cabreúva, a 86 quilômetros da capital.
A situação é pior do que a de 2014, quando a despoluição do rio chegou ao melhor resultado desde o início do monitoramento, em 1992. Em 2014, a mancha estava em 71 quilômetros, entre as cidades de Guarulhos e Pirapora do Bom Jesus, ambas na Região Metropolitana.
Sabesp diz que outros fatores influenciam poluição do Tietê
Segundo o último relatório da ONG, a mancha de poluição do rio começa hoje em Itaquaquecetuba, Região Metropolitana de São Paulo.
De acordo com a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp), a redução da chamada “mancha da poluição” do Tietê não tem a ver apenas com os investimentos. Para a companhia, outros fatores, como o clima por exemplo, também influenciam.
A Sabesp lembra, ainda, que o Projeto Tietê, que tem como objetivo revitalizar o rio, recebeu em 25 anos investimento de US$ 2,8 bilhões.
Para o coordenador da SOS Mata Atlântica, Gustavo Veronesi, a redução do investimento tem impacto direto na piora da poluição do rio nos últimos anos.
Adicione Comentário