Publicado em 10/10/23, às 16h08
por Redação
A Prefeitura de São Paulo investiu apenas 70,5% da verba destinada a obras em áreas de risco de deslizamentos e enchentes nos últimos nove anos, de acordo com o Tribunal de Contas do Município (TCM), utilizando apenas R$ 562 milhões dos R$ 797 milhões disponíveis. Atualmente, a cidade possui 208,7 mil famílias vivendo em áreas de risco, um aumento de 7,8% desde 2022, com a maioria delas localizada em bairros periféricos.
Cidades mais atingidas por deslizamentos tiveram ‘boom’ habitacional em áreas de risco. Os dados são da Defesa Civil municipal, que identificou e mapeou os locais com maior concentração de áreas de risco no território paulistano. Eles são: Sapopemba e São Mateus, na Zona Leste; Brasilândia, na Zona Norte; e Campo Limpo, na Zona Sul.
Pelo menos 20 mil pessoas residem em áreas de risco classificadas com o grau mais elevado de ameaça. Alguns moradores sentem que o poder público não dá a devida atenção às suas comunidades.
A gestão municipal alega que, desde 2017, beneficiou mais de 33 mil famílias em áreas de risco com obras de prevenção de desastres. Além disso, informa que está realizando 45 intervenções em andamento e trabalhando para reduzir o déficit habitacional na cidade. Também foi mencionado o Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), um programa que visa gerenciar e monitorar áreas de risco na cidade, com projetos para 100 áreas prioritárias e a criação de um banco de dados para estratégias de gestão de riscos, com duração prevista de junho de 2023 a maio de 2024.
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