Publicado em 22/05/2023 às 11h
por Redação
A falta de um equipamento tão essencial como uma maca foi determinante para impedir o atendimento de um jovem de 25 anos no Hospital Geral de Taipas no início deste ano. Vitor, que pesava 190 quilos, morreu na porta do hospital porque não havia uma maca especial para pessoas obesas. Para que tal situação nunca mais se repita, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou em segunda votação um projeto de lei que obriga toda e qualquer unidade de saúde da capital a disponibilizar equipamentos especiais para pacientes com obesidade mórbida. O texto, que segue agora para sanção do Prefeito Ricardo Nunes, apesar de ter sido aprovado agora, circula na Câmara desde 2017.
De acordo com o PL, as unidades precisam ser equipadas com cadeira e mesa de exames adequadas, assim como as salas de espera – com capacidade mínima de 230 kg. Também devem ser disponibilizadas macas e cadeiras de rodas adequadas, incluindo balança antropométrica, material de acesso venoso e aparelho de pressão indicados para pacientes obesos. Se o texto for aprovado, os hospitais terão 120 dias para se adaptarem às mudanças.
Relembre o caso
Segundo a família, Vitor foi levado para a UPA Perus e, em seguida, encaminhado para a unidade da Cachoeirinha, onde teve o atendimento negado porque não havia equipamento adequado para a transferência do paciente. Já no Hospital Geral de Taipas, ele ficou dentro da ambulância por cerca de três horas, aguardando por uma maca especial. Porém, nesse meio tempo, o jovem sofreu três paradas cardíacas e foi atendido dentro da ambulância pelos socorristas do Samu. Ele não resistiu e faleceu sem receber atendimento dos médicos do HG de Taipas.
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